Monday, June 25, 2007

piramidalmente tua


Interrompes a insónia com uma lividez que empresta cores a outras faces – desfizeste-te da história, como de uma má cópia de empestados papiros, e deixaste-te devorar pelos crocodilos da fama só porque pensaste que a natureza gosta de exibir as fofas pregas das suas nádegas.

Era uma musa que se martirizava, que se deixava afagar por coktails tropicais, embora vociferasse como uma berbére. Apetecia-nos lamber o seu súor que sabia a um sabor imberbe.

Entraste nestes sonetos como num albergue rasca, com maneiras retocadas e tardias, mas ao amanhecer tornaste-te rápida como uma gazela procurando suculentos prados ao amanhecer.

Arquivo as musas num pudor dourado.

Os boatos rectificam o que os lovoures deixaram entreaberto.

Pensamentos torsos descaroçam palavras.

Há uma respiração de respeito que sua por debaixo do batôn da pitonisa.

Alguém, no bazar murmurou Amon, mas como a deusa, amada entre as amadas, se infiltrara no nosso peito, só podiamos soletrar sílabas que refrescassem os nossos sexualíssimos ardores.

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