Wednesday, June 27, 2007

orfismo mamífero


Vivemos como quem se contamina, e assim se alegra.

Todos os critérios são hibridos.

Ressurrecta repugnância, eriçada substância que agrava as danações.

A dignidade é a exibição destemida da transparência que sobra à comicidade.

Que as ervas daninhas subam pela esposa, até que a seiva àcida corrompa a fervilhante doçura que lhe afinava a voz. Então saberemos banquetearmo-nos com clamores mais dissonantes e afinfar as báquicas manápulas pelas pneumáticas carnes.

Saboreias o rubor do pudor como um perfume que sobra à rosa.

A beleza órfica desflora nocturnamente os nomes.

As melosas perversões levam a maldosas conclusões.

Disproporcionamo-nos nos parentesis sucessivos em que a consciencia se entrengolfa – fora disto somos desportivas na dispensante afalibilidade – os outros e as outras são o suave vício de um povoamento amoroso.

Vicejas como um ínicio que escorregou no explendor.

Habitamos no logro, ou encolhemo-nos em logradoros?

A beleza é o véu que mascara a mancha.

As coisas à volta são a feira onde os olhos se revoltam porque não entram sem rodeios no rodeo de si mesmos.

O previlégio venéreo da galantaria - como se a juventude fosse um desporto eterno, e nós fossemos arrastadas para uma imprudente vastidão.

As falhas amamentam os amantes.

O fabricante aprimora-se nas agradáveis críticas, mas a raínha quer joias que façam justiça ao sexo.

São cascaveis aqueles erros que traduzem imperfeitamente verdades, como se houvesse tradução condigna para o quer que seja.

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