Sunday, July 01, 2007

no sofá do self


Raciocinios de vanitoso alaúde.

O luto é a camuflagem da morte.

Escreves cartas de amor com a prudência de quem depilou recentemente as pernas.

Gostas de barbear o juízo antes de o começares a moer.

Tens muito sumo na manga.

Falsas censuras dançam salsas às escuras.

Não dês boa nota a um amor que denota.

Assenhorava-se da sinceridade como de um enxame de vexames.

Nenhuma refutação pode pôr cancedas no céu.

Quem é aquela cuja beleza que arrebanha raios ao sol?

Amor astuto apascenta rebanhos de sofismas.

Cães também mordem cegos.

Palavras de amor cansam-se de salivar os egos.

Como é que me posso partilhar com o que não sou?

Penso em ti apesar do rebuscado mim que se vislumbra em cinematografias narcísicas e em retraído chinfrim.

A tirania da tia ironia.

Quem és tu a quem eu chamo amiga, e em quem os abutres pousam com uma paciência peregrina?

Repteis rubros arrefecem os faunos fatais.

Não labutarás por louros de uma insípida conquista.

Encosta-te ao self como à mais actual manha.

Sinto-me mais despida depois da/de despedida.

Adoração defeituosa faz ver maravilhas em pechisbeque de pirosa.

Méritos a metro.

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