Tuesday, April 14, 2009
as errâncias
...mas também havia convicção
De que na experiência confusa
Confluía um bem não testamentável...
Uma cosmogonia é o estado nascente dos corpos
Mesmo agora
Um princípio é sempre
Uma malícia:
No estado inexperiente
De dito puro enunciado.
Escarlate é nome de apetite.
Não é verde, mas é pastável.
A meditação animaliza-nos
Sem cálculos?
{e da consciência provém o êxtase}
(e do êxtase todalas cousas & causas)
Transmuda-se o Hermafroditismo
Num Amor mais Transformável.
Polissexuamo-nos no apelo a demiurgias
Mais altas
{que também são mais baixas}
O apelo dos corpos pelos corpos é menos
O apelo ilusório a uma unidade original:
É antes uma chamada à ampliação
E à multiplicação.
A memória é a passagem de testemunhos
De fulgor vivido ou adivinhado
O Logos é o sangue
Como escarlatíssima côr
(vejam-se os Beatos de Liebana)
Não côr de babilónica
Rameira
Mas côr que
Filosofalmente
Animaliza
Mais
As consciências:
Figuras materializantes.
Repasto de quem
Quer e não quer regressar
À nostalgia & monotonia divina
Do Lar.
Essa Nostalgia era
Um Nome
Desabrochando
Em cor
De
Sangue
E há outros humanos
Que percorrem floridos como
Presença e carência de algo
Que se entrança: planta ou eros.
Ponho-me nas posições
Erradas e sei que um
Símbolo não é a convergência
Para sangue
Mas a metamorfose de um corpo
Inábil
Para um corpo forte
E dançante
É a inclinação do Sol
Como parte radiante da carne
Que nos faz radiar muito
A partir de dentro
Embora esse dentro
Seja um enorme fora.
E
Mesmo
Para além
Da vontade
Nas
Fecundas
Oportunidades
Do
Famigerado
Acaso
E suas
Caças
Astrológicas.
TERCEIRO ESTRADO DE ESPÍRITO
{penisúltimo}
Nada se Última
Senão
Retoricamente
As palavras antecedem-se
A si mesmas numa espé-
Cie de palramento que
Continua & continua
Apesar dos silêncios
Aparentes que
Dão um travo
De impotência
Chegar fenixológicamente
Às coisas que não
Sabem parar
Cinza de cinza
Que é
Fogo de fogo
Muitas aves entram
Reptilineamente
Nas razões geométricas
Despimo-nos porque nos
Apetece mergulhar
Em desconcertantes
Origens maculantes
A melancolia
É lavada no
Mergulho que
Excita para novas
Melancolias
O amor é a vontade ígnea de ampliação
O ódio é o ímpeto de uma diminuição alheia
A alvura física do escarlate.
O corpo suspeita de um
Equívoco subjacente
Mas o mal (o sentimento
Físico de remorso)
É uma contrapartida
Da euforia
E não há
Euforia que
Não habite
Na Carne.
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