Friday, August 31, 2007

corrupções linguarudas



queixava-se inocentemente um cronista das corrupções da linguagem, bem escrita, bem falada, ou mal escrita, mal conjugada, esquecendo-se ele, como muitos outros do género que todos os dias se arrepiam com os desarranjos da linguagem (como os Gatos Fedorentos) que esta, qualquer que seja é espampanante corrupção





o policiamento da linguagem não é recente, e os latinistas, e cada vez mais as autoridades estatais, andam para aqui a «normalizar» a lingua a bem de uma comunicação decente, sem equívocos,





é certo que um babelismo generalizado é indesejável, mas contentemo-nos com as corrupções de linguagem que se fazem banais, venham ou não a pretexto de retorcidos sentidos ou de politiquices balofas, e saúdemos as literárias que cozinharam Camões ou Guimarães Rosa e todos aqueles que adaptam, traduzem, erram, achincalham, trocadilham, enriquecendo corruptamente a lingua





p.s.



escrevemos (citamo-nos) no post anterior, que «quando nos vemos ao espelho pensamos logo no Prado Coelho» - falar de Prado Coelho é falar de citação e especulação, de arranjos cortêses, de uma imagem em que nos revemos e pensamos como nos damos a ver


o desaparecimento do Prado Coelho é a ausentação de um tom mediático que ao longo dos anos cada vez mais se fazia em função das modas dos poderes, com algum lirismo estratégico, com colagens e descolagens rápidas a teorias, modas e politiquices - os seus Universos da Crítica prometiam no ínicio dos anos 80 uma radicalidade (é certo datada) algo mais borbulhante - EPC foi para nós uma decepção teórica porque esperamos demais dele, mas EPC também nos envergonhava no lê-lo quando poetava - o seu lirismo, tal como o do Lobo Antunes, roçava muito o kitsch, imitação babosa de nobres modelos





mas o pior é a ausencia de sucessores do género, e é pena que se faça um maior vazio na especulação destas questões caseiras entrançadas com as actualidades do mundo teórico, francófonas e mais além,





perdeu-se o ícone do intelectual cá da terrinha - as más linguas calaram-se e elogiam-no gordurosamente, como em todas funeralhadas





homenagear EPC é contuinar a ir frivolamente e profundamente para a cama com a actualidade, com a moda, com ou sem nostalgias de Barthes ou corruptos trocadilhos lacanianos, e com incomformismo e sensatez política (ao mesmo tempo, sim senhor!)





num país onde todos se calam no dizer o que vai na cultura, nas artes, EPC foi um vísivel lutador,


e é por essa razão que nós vamos continuar a cochicar, a achincalhar, a falar do que se teme falar: bem, mal, amável, polémicamente dos que mais gostamos, e sumáriamente do que nos desinteressa

Wednesday, August 15, 2007

OBRAS & SOBRAS










Ler Marguerite Duras
É pior do que beber aguarrás


Era uma vez uma menina
que era um rapaz


quando nos fomos ver ao espelho
pensamos logo no Prado Coelho


feminismo no cacém
já não interessa a ninguém


estivemos 20 anos à espera
desta eterna primavera


os melhores versos
andam p'raí dispersos


a uma mulher sózinha não se trinca nem a espinha
a duas mulheres unidas não se furam as barrigas









ADIVERTIMENTO


Não foi uma tarde, mas uma eternidade…
Somos duas há muito tempo como se fossemos uma só. Sei que isto custa a acreditar, como custa tudo o mais. Estivemos a amadurecer sentadas nos nossos desejos e escrevemos cartas de amor para encurtar as distâncias. Chegamos a um tom , a um estilo, isto é, a uma solidão desinteresseira. Escrever não é um acto a quatro mãos, mas pode muito bem ser a quatro patas. O amor que nutriamos uma pela outra acabou em inacreditável onanismo. Só agora percebemos que a escrita nos desenvencilha da triste tagarelice a que nos condenaramos. Ainda para mais hoje, em que o amadurecimento nos obriga a pintar os cabelos mas nos proíbe de pintar as unhas. E tu, leitora loura que nos lês com os pés assentes no chão , não te assustes com o que escrevemos. Mas pensa bem, Em cada homem há um inalterável cabrão que te abusará do corpo e passados os trinta e picos te abandorá por uma secretária ordinária. Trata-lhe da saúde ò filha!




Uma obra é uma obra
Filhos são sobras



«Sei de sobra
que nunca terei uma obra»
Fernando Pessoa





1



Não há nada como comer azeitonas numa banheira, a duas, ao fim do dia.


2



Descascar cebolas como quem faz uma coisa arrepiada
Sublime
Eu descasco de gatas
Como se escrevesse uma canção de amigo
Ai cascas de velha cebola
Sou sábia, incerta, ou tola?
Que na vida só se chega a bôla
Ai Ada, ai Ada
Qu'é da minha empanada?

Vai-se-me a vida com os ardores
Dos fogos que ardem como amor
Do fogo não fica a cinza
Só o bolor
E é melhor que não me casem
Porque toda eu sou súor
Ai Ada, Ai Ada
Estou tão estafada?



3


Eu era toda tremeliques. Gostava de acampamentos
Cheios de moças friques
E à noite à lareira
Sentia alguma ciumeira.
Também gostava de cheirar
As cuecas a secar.




4


Lídia, se fores à janela
Manda um beijo à Célia
Que é tão bela.



5


Tenho o Vazio a encher-me
O corpo em todas as partes.
Há quem tenha infinito a mais
Na cabeça ou no olho do cú.
Eu tenho infinito a menos.
O veneno és tu.


6


Helena de Troia era tão fascinante
Quanto uma giboia.
Suspeito que algures na Amazónia
Helena devora gringos míopes
Com a sua boca-sexo
Entre araras e papa-formigas.



7


A natureza maquilha-se todos os dias
Não é òbvia como o pau estendido de um homem
A espera que uma mosca lhe poise em cima
E o cague.



8


A ti que só vias partes sem tudo e guardavas rebanhos
O que é que posso dizer?
Que vejo tudo sem partes.
Que tomo banhos e cuido das banhas.



9


Não entendo como é que uma virgem
Ainda por cima Maria
Conseguiria
Parir um menino Jesus.
Mas consigo perceber perfeitamente
Como é que um gajo chamado Jesus
Consegue parir
Por antecipação
Uma mãe de estimação.



10


Pús as minhas memórias todas no prego.
Rendas, joias de familia, a máquina fotográfica do tio…
As fotografias vendi-as na feira
Da ladra.
Cartas também de amor
Queimei-as no fogão
Ou limpei a menstruação.
A vida, no particular foi-se embora aos poucos.
A outra, a em geral, também já cá não está.
Fica-me este concreto a metro.



11


A inadequação dos machos ao que está à volta se não é total é brutal. E no caso de não serem eles os autênticos extraterrestres só posso concluír que extraterrestre é a natureza. Provas cientificas não faltarão.



12


Gosto da minha periferia
E da cosmética barata.
Do chá de camomila
E das garrafas de vodka.
Tenho nostalgia dos tempos
Em que as mulheres usavam combinação.
Agora andam descombinadas.
Ai Madre Teresa!

Tuesday, August 14, 2007

variações wittgensteinianas de Rosa Davida


PEQUENA SÚMULA DEPILATÓRIA,
OU VARIANTES QUE DÃO ADEQUADO TRATO
AO TRATADO DO SR. L. W.
POR ROSA DAVIDA

(escritos neste 14 de Agosto de 2007 em cima de uns guardanapos)



O mundo é um caso
O mundo é tudo o que m-amamos.
O mundo é o que se mama.
O mundo é tudo o que se casa.
O mundo é tudo o que vem à baila.
O mundo é a actualidade dos fa(c)tos e dos afectos.
O mundo é a transição das modas.
O mundo é a inclinação dos desejos.
O mundo é a transcrição meticulosa da coscovilhice.
As coisas são o como se amanham.
As coisas são as compras que fazemos e as inutilidades de que nos desfazemos.
O que vem à baila é a desarrumação das casas do mundo.
A arrumação/desarrumação é o que ajunta e afasta as coisas, e as torna apropriadas ou propícias.
O mais importante é sabermos em que sítio é que estão exactamente as coisas.
No arrumo da Casa do Mundo o lugar das coisas não é um lugar qualquer – cada disposição torna mais ou menos especial os restantes lugares que com esta se relacionam.
As coisas fora do seu sítio tornam o mundo desleixado.
A evidência do caixote-do-lixo torna muitas coisas dispensáveis (ou recicláveis).
As coisas servem para fazer coisas, para dar uma certa beleza ao que se passa na passerele do mundo, ou para nos entre-termos com elas.
Pensar em «todas as coisas» ( e ao mesmo tempo?) é um disparate que só ocorre a quem não pensa em todas as coisas como deve de sêr - «todas as coisas» é uma ideia indefenida para agrupar a partir do quanto (pouco) se sabe e tentar adivinhar «abstractamente», num golpe de bluff, o «resto».
Cada arrumação inclina-se para muitas possibilidades de outras arrumações.
Arrumo e asseio de linguagem fazem-nos mais entendiveis e comunicantes.
O asseio de linguagem faz parte de um asseio geral que torna tudo mais belo, apetecível e convivial.
Os casos são as ligações que decidem as coisas, mesmo quando são dúbios.
Um caso é o que põe em movimento de resolução a degradação das relações.
A aparência é um efeito do «realidade» e o principio da inveja.
A (boa) aparência devolve aos objectos a sua «bondade» potêncial.
As aparências tornam os diversos aspectos da realidade conectáveis (e colectáveis) – chegam assim às pessoas mais rigorosas/vigorosas.
As aparências implicam uma soma curcovilhante de suspeitas.
A veracidade ou falsidade das aparências não dá garantia de que algo seja difamável.
Uma aparência é um convite para «uma certa lógica».
A veracidade ou falsidade das aparências não dá garantias de que algo seja logo difamável.
Uma aparência é um convite para aprimorar uma lógica.
A veracidade das lógicas das aparências depende da veracidade das relações que nos são facultadas.
A conversa (interna/externa) sobre a aparência lógica das relações é o pensamento.
Aos conjuntos de pensamentos que imbrincando uns nos outros nos dão a sensação de que algo é verdadeiro chamamos mundaneidade.
Nem tudo o que pensamos é consequente ou possível.
Podemos pensar coisas muito «ilógicas» (como os temas mitológicos) mas não lhe damos uma atenção prática por aí além.
Um pensamento correcto deve ter em conta não só a necessidade de o exprimir como os incómodos ou prazeres que possa provocar.
A ambiguidade das palavras pode gerar equívocos filosóficos quando se usa uma lógica pobre, mas faz riquíssimas insinuações se usarmos uma lógica enriquecida.
As confusões que surgem fazem parte do adiamento do desfecho do drama – o interesse dos fa(c)tos deve-se a um bom tratamento telenoveleiro.
Quase todas as observações acabam por dizer algo de si próprias, tal como a roupa que vestimos índicia comportamentos e apetências.
O pensamento é um conjunto de observações pertinentes que nos dão dicas (cartografáveis) para nos orientarmos na vida.
O que torna essas dicas pertinentes é o uso da linguagem e os comportamentos adjacentes.
As linguagens que construímos são estratégias de arrumação das coisas através de redes hierarquizanteas de palavras.
Uma insinuação é um ataque à estabilidade da aparência da «realidade».
Temos, regra geral, mais em conta os nossos convictos modos de arrumação do que os de qualquer amiga ou vizinha.
Uma construção lógica leva-nos com mais entusiasmo a onde já estavamos determinadas a ir.
Uma insinuação comunica mais sentidos do que aqueles que pusemos nela.
Uma insinuação propõe a existência dissimulada de «outras aparências das coisas».
A tarefa da filosofia é a da depilar a verdade antes desta se mostrar nua.
O impensável é o que é impossível de pensar, mas o «impensável», segundo o muso comum, é o que mais acontece.
Há coisas que não sabemos expressar e para as quais algo chamado intuição parece acenar – é o «intrigante» indizível.
Tudo o que é pensável pode ser feito com simplicidade e limpeza, por isso muita porcaria e complicação hão-de vir ao cimo.
O que acaba por ser demonstrado é frequentemente o que se andava a dizer pela calada.
Uma proposição é o que dá conta de uma série de propósitos e de alguns despropósitos.
Um nexo de causas é uma suspeita que se adensa.
O livre arbítrio é a liberdade que gozamos cá com os nossos botões de nos dizermos o que quisermos e de imaginarmos o que desejamos.
A fatalidade é o saldo para os outros de uma vida no preciso momento que vamos desta para melhor.
Uma tautologia é o que nos repetimos para nos convencermos de uma certa coisa com argumentos cada vez mais refinados.
A filosofia é uma psicologia minimalista com o preconceito de ser psicologia e que dá um ar de tratar soberanamente da arrumação definitiva do mundo.
A filosofia parece que anda a des-implicar as criaturas dos seus pensamentos mais humanos (dos arrumos e desarrumos da «existência») substituindo-os por implicações aparentemente menos singulares e mais vastas.
Uma suposição é o resultado de muita coisa que se foi dando conta.
Sabemos que o sol nascerá amanhã, estejemos vivas ou mortas, ainda que alguma lógica nos tente convencer do contrário. É o triunfo impiedoso do senso comum.
Existem mais necessidades metamórficas do que lógicas – as coisas estão em metamorfose permanente e a lógica tenta fintar o metamórfico depurando-o de todas as suas inclinações e postulando alguma essência aqui e acolá.
O mundo está dependente de muitas vontades ao mesmo tempo.
A cada morte o mundo passa a ser uma disputada herança.
Há proposições cujo efeito é bem mais devastador do que outras.
O sentido do mundo acompanha-nos sempre no mundo – se o sentido estivesse fora do mundo, o mundo seria destituído de sentido.
Um sentido é sempre na imanência – só é sentido o que se sente.
Caso haja algo parecido com divindade esta só pode ser a consciência na imanência.
A nossa vida é tão variada que o infinito só nela tem sentido como uma metáfora derivada de jogos matemáticos.
O enigma persiste como uma pergunta que ainda não está bem formulada.
A questão que se coloca é se podemos formular mesmo «bem» uma adequada pergunta alguma vez.
O enigma é apenas o sentimento de inadequação e de in-formulado.
O cepticismo é a honesta desconfiança quanto a um diagnóstico sempre certeiro baseado em lógicas ou filosofias.
O cepticismo é um diagnóstico reservado e cauteloso.
Sobre o que ignoramos nada podemos asseverar.
Sobre o que deviamos estar caladas apetece-nos fazer insinuações.

Thursday, August 09, 2007

vimo-nos gregas


a grécia serve para ensaiar distancias e próximidades, respeitos e desrespeitos, falsas sabedorias e paraísos desfeitos


a grécia nesta lingua que nos inscreve foi no século passado feminina, com as traduções gregas e romanas da Maria Helena da Rocha Pereira e o caso poético Sophia


é certo que esta grécia acertada foi procedida pela grécia homossexuada do Botto e pelas grécias dos heterónimos ditos Pessoa, onde acedemos quer ao epicurista Reis, ao dionisista Campos, ao Sofista pseudo-naif Caeiro e ao neo-platonista Fernando


a Sophia namora o Pessoa, como se o Pessoa não fosse mais grego que ela, isto é, menos antigo, menos intacto, mais exacto, menos católico, menos clichê de estátua grega e anfora, ele que escreveu em inglês sobre a nudez das estátuas gregas e que falou veladamente desta Grécia encalhada, como o foi quase sempre a Grécia, disfarçada de uma espécie de país que se ancora em metáforas vagamente purificadoras


apesar e por causa do cal, das anforas, das velhas mulheres vestidas de negro, das frescas especiarias, das praias de brancas areias e àguas supostamente cristalinas há algo de ostensivamente higienista em Sophia, de dona de casa que quer que a criada limpe bem tudinho até que não fique mácula nenhuma e acabamos por perceber nesta vigilância da criadagem não muito distinta dessa outra vigilância de outra mulher nortenha (a Agustina) que o horror ao sujo é uma condição trágica - «eis aqui o país da imanência sem mácula» - é certo que o país viva num outro género de registo e higíene que é uma mácula maior a que os gregos chamavam hamartia, mas os gregos são sujos até na sua exactidão e são muito sujos e malcheirosos aquando das hecatombes, quando se purificam para os deuses e se banham, sem frívolidade, nos sangues dos bichos


a grécia de Sophia é arrumada, burguesa, pretenciosamente turistica, mas de um turismo como já não há, quando as praias mediterranicas eram deveras pitorescas e permaneciam com o ar de serem para marinheiros que partiam enquanto a morte os não levava - é uma grécia vista com olhos nórdicos, como os de Holderlin em busca de uma grécia mais ideal e tragicamente perturbante - os nomes dos deuses das ilhas dos poetas e dramaturgos são de efeito incontornável


a sua arte poética é a da consumidora de quem anda em busca de um artesanato autêntico - a loja dos barros é heideggariana nas anforas que se podem levar para casa e torná-las companhia «mortal da eternidade» - compara a poética a um artesanato: «o artesanato das artes poéticas nasce da própria poesia à qual está consubstancialmente unida.» (?) - há uma profundeza que não lhe encontramos e um rigor obstinadamente reivindicado - apesar disto há alguns versos belos, sinceros, esteticistas, de boa-vontade católica


queixamo-nos de Sophia porque não nos recompusemos dessas histórias muito pouco gregas, de pesado remoroso, de catolicismo apoquentado que são os seus contos para crianças - a Menina do Mar, a Fada Oriana, o Rapaz de Bronze - coisas tristes que mais entristecem a consciência das crianças - a nudez dos éfebos não nos fez mais nuas - é certo que o nudismo é um miro grego, das Gymnopédies à história do nu do sr. Clark, passando pelo nudismo militante


não sei se foi por causa da Sophia, se da moda do nudismo nos meios oxfordianos, que vimos o M. S. Lourenço nú numa das ilhitas traseiras em frente de Cabanas de Tavira no verão de 1971 com os seus óculos redondinhos estilo John Lennon

Saturday, August 04, 2007

da necessidade da «usura»


enxovalham-nos problemas de estilo - somos criaturas muito mas muito docinhas - não militamos nessa horda de patetices pretenciosas que são as escaramuças universitárias, mas também não nos vemos no espelho pequeno-burguês de raínha má, nem no género emporcalhado de autor maldito, ou no género suburbano - que nos perdoe esta gentalha toda


somos algures burguesas, cultas, refinadas, perfumadas, nada dada a esteticismos Tokalon, nem a idas afectadas à opera ou cinéfila: somos mais práticas na abordagem músical, preferindo realizadores e compositores às mariquices interpretativas de músicos e actores - é certo que muita música e guião soam radicalmente melhores, mas não são os «interpretes» generosos criadores de algo algumas vezes soberbo, mas usurários que dão o corpo ao que se pede mais imanente